O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, diz que o Governo acompanha de forma muito próxima as longas filas no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, reconhecendo que a situação constitui um constrangimento e esperando resolvê-la antes do início do verão.
Em declarações proferidas em Macau, durante o 50.º congresso da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), o governante considerou que a situação das fronteiras é um verdadeiro embaraço para o executivo: “Temos de assumir humildemente a responsabilidade e, neste momento, só nos resta pedir desculpa.”
Hugo Espírito Santo explicou que as causas do problema já foram identificadas e estão a ser analisadas soluções. Reconheceu o contributo da ANA – Aeroportos, que tem prestado apoio na gestão da situação.
“O Governo acompanha este tema muito de perto. Há cinco ministros diretamente envolvidos e monitorizamos diariamente os tempos de passagem pela fronteira em Lisboa”, acrescentou.
O secretário de Estado apontou como principais razões da situação a falta de agentes da PSP, problemas e instabilidade tecnológica nos ‘egates’ e uma maior lentidão do sistema em geral. Com os problemas identificados, a prioridade agora é encontrar soluções eficazes.
Entre as medidas já decididas está a reconfiguração das zonas de partidas e chegadas. A ANA vai aumentar 30% o número de balcões e ‘egates’ nas partidas e 30% os balcões e 70% os ‘egates’ nas chegadas.
Hugo Espírito Santo sublinhou que o objetivo é que os constrangimentos estejam totalmente resolvidos até junho, antes da época alta do turismo.
O setor turístico, incluindo a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a APAVT, tem exigido respostas rápidas para este problema, que prejudica a imagem de Portugal como destino turístico. José Luís Arnaut, presidente da ANA, também admitiu a gravidade da situação, salientando que a resolução não depende apenas da entidade aeroportuária.