Carloto Cotta, de 41 anos, foi absolvido nesta segunda-feira, dia 17, pelo Tribunal de Sintra, de todos os nove crimes de que era acusado, incluindo sequestro e violação.
Segundo o Expresso, o tribunal considerou, “por unanimidade”, que o ator é inocente no caso que envolve uma mulher que, alegadamente, conheceu numa livraria do Cascais Shopping.
O juiz Carlos Camacho destacou “incongruências” no depoimento da vítima, que apresentou versões diferentes perante a Guarda Nacional Republicana (GNR), a Polícia Judiciária (PJ), em “declarações para memória futura” e no próprio tribunal.
Nas alegações finais, a procuradora do Ministério Público, Maria do Rosário Pires, solicitou a absolvição do ator.
Em reação à decisão, Carloto Cotta confessou sentir-se “aliviado” por ter terminado um processo que descreveu como “dantesco e kafkiano”. O ator apelou ainda para que a presunção da inocência seja respeitada em casos semelhantes no futuro. “Sinto-me como me sentia antes: inocente.”
A advogada da alegada vítima, Cristina Borges de Pinho, adiantou que está a avaliar a possibilidade de recorrer da decisão, sublinhando que considera o depoimento da sua cliente “do mais credível” que viu nos seus “quarenta anos de carreira”.
Recorde-se que Carloto Cotta estava acusado de importunação sexual, coação sexual, violação, sequestro na forma agravada, dois crimes de ameaça agravada, coação agravada, ofensa à integridade física simples e injúria. O processo envolvia também pedido de indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais, estimado em cerca de 40 mil euros.