O período de outono foi marcado por períodos de chuva intensa, que deixaram as barragens algarvias na melhor situação de sempre relativamente às reservas hídricas. A região tem atualmente água para os próximos quatro anos, um cenário diferente do ano passado, quando estava em risco o abastecimento público.
As seis barragens do Algarve estão, no total, com reservas de 77%, o que significa mais 191 hectómetros cúbicos de água armazenada. De acordo com a SIC Notícias, já há barragens, como a do Funcho e a de Odeleite, onde é necessário fazer descargas preventivas.
A reserva dá ao Algarve alguma segurança para os tempos de seca, dando tempo para a importante implementação das obras, já em curso ou programadas, num investimento de 800 milhões de euros, que visam colmatar o problema da seca na região sul. “Penso que em três anos teremos estas obras todas prontas e a partir daí penso que o Algarve poderá respirar durante 20/25 anos, mas têm que nos deixar fazer estas obras”, referiu a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.
Ainda assim, para o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, a chuva não é suficiente para recarregar os aquíferos, que têm uma recuperação mais lenta.