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Francisco Goiana da Silva, médico e vice-presidente da Sword, está a usar o espaço de comentário regular sobre políticas de saúde na SIC Notícias para exercer pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde, num claro exemplo de conflito de interesses. Mas a influência do vice-presidente do unicórnio dedicado ao software e inteligência artificial aplicados à saúde não fica por aqui.

A manchete do semanário Expresso desta sexta-feira, que refere que no próximo inverno podem ficar por atender um milhão de chamadas da Linha SNS24, tem por base conclusões do estudo “The growing pains of the 2024/2025 Portugal’s NHS Telephone Triage System National”. O semanário de Balsemão identifica apenas um dos autores deste estudo, Ara Darzi, omitindo que Goiana da Silva é também coautor, o que poderá representar um conflito de interesses entre os autores do estudo e as suas conclusões, já que a Sword tem como negócio, precisamente, dar uma resposta tecnológica a este desafio dos operadores de saúde.

Mas há mais exemplos de conflitos de interesse. Numa das intervenções na SIC Notícias, Goiana da Silva criticou a Linha SNS 24, que é gerida pela Altice. Só que a própria Sword tentou no início deste ano que o INEM adotasse uma inteligência artificial, alegadamente gratuita, para agilizar a triagem de chamadas. O projeto não se concretizou e Virgílio Bento, fundador da Sword, culpou o SNS.

O líder da tecnológica escolheu o Expresso para assegurar, em fevereiro, que a Sword encontrou “um sistema obsoleto”. “A equipa ficou perplexa com a incapacidade dos técnicos, mais ainda por se tratar de um sistema crítico, absolutamente essencial. O sistema está em risco e não pode acontecer”, disse então Virgílio Bento. A comissão de trabalhadores do INEM veio logo a público declarar que tal era “absolutamente falso”

As questões envolvendo Goiana da Silva, segundo uma fonte do setor ouvida do 24Horas, têm mais contornos. “Chantageia e coage os SPMS (Serviços Partilhados do Ministério da Saúde) para impor sem concurso público internacional a solução da empresa onde trabalha”. “Quando ataca na SIC Notícias, a linha de comentário sempre omitiu o conflito de interesses e as pressões que faz por escrito junto dos SPMS. Da falta de pudor à tentativa de coação de entidades públicas por agente comercial que, utilizando espaço de pseudo-comentador, recorre a meios ilegítimos para violar regras de transparência”, acrescenta a mesma fonte, que considera que “a ausência de pudor e de ética atingiu limites absolutamente inaceitáveis. É do conhecimento público que um alegado comentador ‘independente’ na área da saúde, com presença semanal numa estação de televisão exerce simultaneamente funções como agente comercial de uma empresa que opera no setor do software”.

Para esta fonte, que preferiu manter-se sob anonimato por receio de represálias, há acusações sérias contra o médico que, recorde-se, fez parte da equipa do anterior CEO do SNS, Fernando Araújo. É que a pretensão de Goiana da Silva “parece ser, alegadamente, favorecer, à margem de qualquer processo transparente a empresa para a qual trabalha, procurando impor a sua vontade junto de entidades da Administração Pública da Saúde”. A mesma fonte assegura que há necessidade de concretizar medidas mais musculadas para terminar com os ‘negócios’ de Goiana. “Seria útil, em nome do interesse público, que as autoridades políticas tutelares, bem como as instâncias inspetivas e judiciais competentes, aprofundassem este tema prestando atenção à ‘natureza’ dos serviços atacados no espaço televisivo e a correspondente ação comercial exercida junto das entidades visadas”, finaliza.

O 24Horas contactou Francisco Goiana da Silva, que disse não poder prestar esclarecimentos naquele momento. Foi-lhe enviada uma mensagem a pedir um comentário ao conteúdo desta notícia. Não respondeu.

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