Responder às perguntas sobre pontos fortes e fracos é um dos momentos mais decisivos numa entrevista de emprego. Longe de ser apenas um ritual, esta questão serve para avaliar o autoconhecimento do candidato e a sua capacidade de adaptação à função e à cultura da empresa. Segundo um estudo do Indeed, 67% dos recrutadores valorizam a honestidade e a clareza nestas respostas, considerando-as determinantes para a decisão final.
A melhor estratégia passa por estruturar a resposta de forma clara, recorrendo ao método STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado), que permite ilustrar competências com exemplos concretos. Ao abordar um ponto forte, opte por destacar uma habilidade relevante para o cargo, como a capacidade de resolução de problemas ou o trabalho em equipa, e associe-a a resultados mensuráveis. Já ao falar de um ponto fraco, escolha uma característica que não comprometa a função e demonstre como tem vindo a trabalhar para a superar. Por exemplo, mencionar a tendência para o perfeccionismo, explicando como aprendeu a gerir melhor o tempo e a confiar na equipa, revela maturidade e vontade de evoluir.
Especialistas em recursos humanos, como Sara Groenmann, sublinham que o equilíbrio entre autenticidade e estratégia é fundamental: “O candidato ideal é aquele que reconhece as suas limitações, mas mostra iniciativa para as ultrapassar.” No entanto, há quem defenda que a transparência excessiva pode ser prejudicial, pelo que é importante evitar respostas demasiado negativas ou vagas.
Num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, saber comunicar pontos fortes e fracos de forma honesta e estratégica pode ser o fator diferenciador para conquistar o emprego desejado.