“Onde estão as coroas de palmas das colunas monumentais de Keil do Amaral?”: Esta é uma pergunta que tem intrigado os lisboetas. As coroas de louros foram retiradas das colunas do Parque Eduardo VII, em 2023, durante os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Na altura, os cidadãos foram informados que as mesmas estavam à guarda da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para serem restauradas e que, quando a ação terminasse, seriam repostas. No entanto, dois anos depois, as coroas continuam em parte incerta…até que um grupo de cidadãos preocupados as encontrou.
Segundo o grupo de Facebook ‘Avenidas Novas Cidadania’, as coroas de palmas estão abandonadas num talhão vazio do Cemitério de Carnide, “sem proteção adequada, sem restauro, e sem qualquer explicação por parte da Câmara Municipal de Lisboa”. Na rede social, somam-se as críticas à CML: “É lamentável ver um património desta importância nesta situação”; “Alguém imagina quanto custaria fazer umas coroas novas?”; “Que desprezo assustador pelo património”; ou “Que vergonha.”
O assunto já motivou uma petição pública, que conta com cerca de 30 assinaturas, a requerer a reposição das coroas de palmas nas colunas do Parque Eduardo VII.
O 24Horas tentou entrar em contacto com a Câmara Municipal de Lisboa, mas, até ao momento, sem sucesso.
O QUE SIMBOLIZAM AS COROAS DE PALMAS?
As coroas de palmas são símbolos universais de paz, dignidade e vitória. Foram desenhadas por Francisco Keil do Amaral, um dos arquitetos e urbanistas portugueses de sucesso do século XX, com o objetivo de integrar um conjunto de esculturas para valorizar o espaço urbano e celebrar a cidade de Lisboa.
Além disto, eram um marco do eixo entre a Avenida da Liberdade, uma das mais icónicas da capital, e o Parque Eduardo VII.



