Sob a penumbra do fim de tarde, alguém encontra algo demasiado pequeno para o mundo lá fora — um filhote de Buldogue Francês, arremessada para o interior de um caixote de lixo, rodeado de sacos e restos. O frio mostra-lhe o corpinho frágil, a pele suja, o pelo curto enregelado, e o olhar triste mas ainda cheio de inocência.

As patinhas tremem. Ela não compreende porque a deixaram ali; tudo ao redor lhe parece vasto, hostil, e silencioso demais, salvo pelo bater do próprio coração, insistente. Mas uma mão estende-se. Um gesto simples, mas suficiente para lhe devolver algo de humano — calor, esperança, segurança.

Esse filhote merece mais do que abandono. Ela merece um lar que o proteja, um colo que o embale, pessoas que o vejam como amigo e família, não como despesa ou incómodo. Porque, apesar de tudo, ela é uma vida viva — um pequeno Buldogue Francês que ainda acredita que o amanhã pode ser melhor.