Pelo menos 70 corpos foram levados por moradores das favelas a Norte do Rio de Janeiro, no Brasil, para uma praça. Os cadáveres foram encontrados numa zona de mato, entre os complexos de favelas do Alemão e da Penha, zonas controladas pela fação criminosa Comando Vermelho (CV), onde decorreu, na terça-feira, dia 28, uma operação conduzida pela Polícia Militar e pela Polícia Civil, que se tornou na mais sangrenta da história da cidade.
As testemunhas ouvidas pelo Metrópoles afirmam que os corpos apresentam marcas de tiros, perfurações de facas nas costas e ferimentos nas pernas.
Nas imagens que encheram as redes sociais, é possível ver uma extensa fila de corpos no centro da Praça de São Lucas cercada por familiares e amigos, que tentam fazer o reconhecimento dos cadáveres.
A operação, designada ‘Contenção’, é já considerada a mais letal de sempre em toda a história do estado do Rio de Janeiro. As autoridades informaram que desconhecem, para já, o número total de mortos. Ainda assim, o balanço dá conta que pelo menos 64 pessoas morreram, enquanto 81 foram detidas. Contudo há sites e páginas na internet onde se fala já de mais de 130 vítimas mortais. Entre os mortos estão quatro polícias.

A megaoperação mobilizou cerca de 2 500 efetivos da Polícia Militar e da Polícia Civil, apoiados por mais de uma centena de veículos blindados e dezenas de viaturas. Os confrontos, inicialmente concentrados nas favelas do Alemão e da Penha, rapidamente alastraram a outras zonas do Rio, onde grupos armados ergueram barricadas e bloquearam importantes vias de acesso em resposta à ofensiva das forças de segurança. A violência obrigou ao encerramento de escolas, creches, unidades de saúde e estabelecimentos comerciais. Milhares de pessoas ficaram confinadas em casa.
A operação ‘Contenção’ faz parte de um plano de combate à expansão territorial do Comando Vermelho e tem como objetivo cumprir cem mandados de detenção, trinta deles contra suspeitos de outros estados brasileiros.
As imagens são chocantes e podem ferir suscetibilidades. Aconselhamos a discrição.