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  • 'Uma greve geral para reclamar o quê?', Luís Montenegro
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“Uma parte de si pode ser tudo”: esta é uma das frases de sensibilização do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para a dádiva de sangue. A doação é um ato simples, mas que faz a diferença entre a vida e a morte de milhares de pacientes. O 24Horas acompanhou Edgar Almeida, um jovem que doa sangue desde os 18 anos, em mais uma colheita.

Edgar conta-nos que, desde a primeira doação, há seis anos, volta a repetir o processo frequentemente: “Comecei por uma questão de ajudar o próximo. Porque, consequente, eu, um dia, posso vir a precisar. Existem inúmeras pessoas que precisam diariamente e semanalmente de doações de sangue para as transfusões e, por isso, comecei a doar sangue.”

Para Edgar Almeida, o processo é “super simples”, já que basta deslocar-se até um local de recolha, preencher um questionário, consultar-se com um médico e depois fazer a colheita: “Corre tudo sem qualquer tipo de problema.”

Questionado sobre o que diria a alguém que tivesse vontade de doar sangue, mas receio de o fazer, não hesita: “Pode fazer um bocadinho de confusão, mas é super simples. Não é doloroso como pode parecer.”

Edgar Almeida garante ainda que, após cada doação, se sente bem por ter ajudado o próximo: “É um sentimento de que fizemos algo bom.”

COMO É, AFINAL, O PROCESSO DE DOAÇÃO?

A médica imunohemoterapeuta do IPST Susana Figueiredo Ribeiro explica, ao 24Horas, que cada doação pode salvar até 3 vidas, já que, depois da colheita, o sangue é dividido em componentes: glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas. Depois, estes elementos são utilizados de acordo com a necessidade do paciente que precisa de uma transfusão. Mas como é o processo da doação de sangue?

À chegada, todas as pessoas que queiram fazer uma dádiva têm de responder a um questionário. A seguir, são avaliados por um médico ou enfermeiro numa consulta de triagem e, se estiverem em boas condições de saúde e cumprirem com os requisitos necessários para fazer a doação, são encaminhados para a sala de colheitas, onde lhe é retirado um pouco menos do que meio litro de sangue.

O processo de recolha de sangue demora cerca de 10 minutos. O dador é depois encaminhado para outra sala onde, além de lhe ser oferecido um lanche, deve permanecer sob vigilância alguns minutos, de forma a receber assistência caso sofra uma indisposição. Para o dador o processo termina aqui. No entanto, o que se segue depois é um pouco mais complexo.

Após a colheita, o sangue é submetido a vários tipos de análises para garantir a sua segurança e eficácia. Além de se determinar a que tipo sanguíneo a amostra pertence, são realizadas análises de serologia e um hemograma para despistar possíveis infeções.

O sangue é depois fracionado em três sacos distintos, cada um com um componente diferente. As bolsas são armazenadas depois de os resultados das análises de serologia serem negativos. Os componentes do sangue são diferentes e por isso têm necessidades distintas no que se refere ao armazenamento. Os glóbulos vermelhos ficam guardados num frigorífico, as plaquetas a temperatura ambiente e o plasma é congelado.

O sangue é entretanto enviado para os hospitais públicos e privados, que enviam as suas requisições diariamente ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação.

TODOS OS RECEIOS SÃO DESMISTIFICADOS ANTES DA COLHEITA

Eliane Medeiros é enfermeira e trabalha há 10 anos no IPST. Nos primeiros seis esteve na sala de colheitas, mas agora é umas profissionais responsáveis pelas consultas de triagem. Ao 24Horas conta que habitualmente os dadores, sobretudo aqueles que não fazem doações habitualmente, revelam na consulta alguma preocupação com a picada: “A maioria refere sempre algum receio relativamente à colheita, à picada. Têm medo da picada, da dor ou da sensação que vem a seguir à colheita de sangue.”

A enfermeira conta que todos os receios são “esclarecidos” e refere a importância de desmistificar alguns mitos, salientando que o mais comum é o de que pessoas com tatuagens não podem doar sangue. Eliane Medeiros acrescenta que “existe um período de suspensão a ser cumprido”, mas que ter tatuagens “não é um impedimento para dar sangue”.

Sobre os cuidados que aconselha os dadores a ter, Eliane salienta que deve haver uma preparação pré-dádiva e que é muito importante a ingestão de líquidos nas 24 horas que antecedem a doação. Os dadores devem evitar fumar e fazer desporto antes e depois da colheita.

A enfermeira adianta que muitas pessoas pensam que precisam de estar em jejum, à semelhança da recolha de sangue para análises, mas que é necessário “estar alimentado”. Ainda assim, a doação de sangue não deve ser feita imediatamente a seguir a uma refeição pesada, já que a digestão poderá ser mais longa e poderá ocorrer uma “paragem de digestão na decorrência da retirada do sangue”.

Eliane Medeiros incentiva toda a gente a tentar, pelo menos, a doar sangue uma vez na vida: “Há muita coisa que temos de fazer e temos medo, mas temos de fazer. Portanto, tentem, senão nunca vão saber se correu bem ou não. Acho que as pessoas devem sempre tentar.”

TUDO O QUE ACONTECE DURANTE E APÓS A PICADA

Na sala de colheitas, uma das enfermeiras de serviço confessa ao 24Horas que o seu papel é fazer uma avaliação da última refeição que o dador comeu e da quantidade de água que ingeriu. Revela que os dadores vêm um pouco ansiosos, sobretudo aqueles que chegam ao IPST pela primeira vez, já que “não sabem para o que vêm”. Por outro lado, a enfermeira admite que há dadores habituais que também chegam um pouco nervosos, porque “não toleram bem a técnica da punção com agulhas”. Apesar disto e de todos os mitos associados, a enfermeira jura que o procedimento “não é assim tão complicado”.

Depois de o dador ser encaminhado para a cadeira, é-lhe perguntado em qual dos braços prefere ser picado. A enfermeira explica que se começa “sempre pela preferência” do dador e que só se passa para o outro braço no caso de a veia não ser compatível com a dádiva de sangue.

“O nosso papel de enfermagem é essencialmente o de vigilância ao dador. Demora 10/15 minutos, não é muito tempo. Mas temos de falar com o dador, ver se se está a sentir bem. Temos de tentar antecipar que outras coisas aconteçam e conseguimos perceber, na maior parte das vezes, mesmo quando o dador não diz nada”, continua a enfermeira.

No final, são dadas todas as indicações que os dadores devem seguir nas horas seguintes à dádiva.

Depois de cada colheita, os homens podem voltar a repetir todo o processo após três meses, no caso de não apresentarem qualquer alteração ao nível da hemoglobina. Já as mulheres devem esperar quatro meses depois de uma nova dádiva.

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