António Costa, de 64 anos, considera que aquilo que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a fazer em Gaza e na Cisjordânia é “insuportável” e assume que “a Alemanha não pode ficar impassível”, face ao embargo de armas. Ainda assim, recusa usar a palavra genocídio para classificar o que se passa no Médio Oriente: “Não vou entrar em qualificações jurídicas.”
Sobre o plano recente apresentado pelos EUA e por Israel para a paz em Gaza, o Presidente do Conselho Europeu diz que a Europa apoia os “esforços que permitam avançar para uma solução”. Em entrevista ao El País, António Costa defende reformas na Autoridade Palestiniana, assumindo que “não há lugar para o Hamas no futuro Governo de Gaza” e que “os povos israelita e palestiniano merecem viver juntos em paz, sem violência e terrorismo”.
O ex-primeiro-ministro português reiterou que a Europa continua comprometida com a Ucrânia, apesar do veto da Hungria à entrada do país na União Europeia: “É um bloqueio relativo. A Hungria não quer a ampliação por razões internas. Mas é preciso dar um sinal claro de que estamos comprometidos com a Ucrânia.”