O programa E-Lar, integrado no Plano de Recuperação e Resiliência e gerido através do Fundo Ambiental, foi criado pelo Governo para ajudar as famílias a substituir equipamentos domésticos antigos ou alimentados a gás por versões elétricas mais eficientes. A iniciativa pretende reduzir o consumo energético, melhorar o conforto das habitações e combater a pobreza energética. Entre os equipamentos abrangidos encontram-se placas de indução, fornos elétricos e termoacumuladores, sempre com exigência de classe energética elevada.
Desde a abertura das candidaturas no final de setembro de 2025, a adesão tem sido muito significativa. Em poucos dias foram submetidos milhares de pedidos e mais de 21 mil famílias já receberam vouchers válidos para a aquisição dos novos equipamentos. O valor do apoio pode atingir cerca de 1 700 euros, variando consoante o tipo de aparelho e a condição do agregado familiar, com apoios reforçados para beneficiários da Tarifa Social de Energia Elétrica.
A forte procura levou a que rapidamente o stock esgotasse, no valor de 30 milhões de euros. Face a isso, o Governo decidiu reforçar o orçamento do programa, com mais de 50 milhões, e abriu uma segunda fase. Esta fase mantém as regras essenciais, mas inclui melhorias, como apoios adicionais para transporte e instalação dos novos equipamentos, sobretudo destinados aos consumidores mais vulneráveis.
Embora o número de vouchers emitidos seja elevado, a sua utilização decorre de forma faseada, à medida que os beneficiários procedem à substituição dos eletrodomésticos. O programa E-Lar representa um passo importante no esforço nacional de transição energética e de redução da dependência de combustíveis fósseis, alinhando Portugal com as metas europeias de eficiência e descarbonização. Se quiseres, posso também resumir o texto ou ajudar a preparar uma versão para publicação.