As quatro empresas das quais João Noronha Lopes, de 59 anos, é sócio acumularam prejuízos de quase três milhões de euros, avança o Nascer do Sol.
De acordo com o semanário da Media Capital, as empresas Vira-Frangos, Porta Branca, AOL-Greatfoodbrand e Monte da Comenda-Agroturismo têm demonstrado resultados financeiros frágeis ou falta de atividade. A primeira, empresa de restauração que mantém em sociedade com dois amigos, é aquela que denota uma situação mais preocupante, tendo acumulado prejuízos superiores a 2,8 milhões de euros entre 2021 e 2024.
Os resultados líquidos registados pela Vira-Frangos, lda., que é participada pelo candidato à presidência do Benfica, através da empresa Porta Branca, foram de -516.229,40 euros em 2021, -1.111.650,45 euros em 2022, -691.966,09 euros em 2023 e
-500.332,98 euros em 2024.
Neste último ano, o capital próprio desta empresa foi de 32.418 euros, contando com um passivo de 1,71 milhões de euros e um ativo de 1,74 milhões.
A Porta Branca, consultora sediada em Lisboa, que conta com apenas um funcionário e um capital social de 5 mil euros, apresentou em 2024 um resultado líquido de 34.471 euros, que traduzem uma descida de 56,6% relativamente ao ano anterior. As despesas com pessoal em 2024 foram de 41.210 euros, sendo que 33.952 euros dizem respeito a remunerações dos órgãos sociais.
Já a AOL- Greatfoodbrand, S.A. encontra-se temporariamente inativa desde setembro de 2023. Com origem em 2017, a empresa apresentou sucessivos prejuízos ao longo da sua fundação: -122.397 euros em 2018, -286.958 euros em 2019 e -249.173 euros em 2020.
A outra empresa da qual Noronha Lopes é sócio, com uma participação de 5%, o Monte da Comenda-Agroturismo, Lda., que se localiza em Évora, assinalou um resultado negativo de 16.408 em 2024, depois de, no ano anterior, ter alcançado lucros de 68.951 euros. Atualmente, conta com um capital próprio de 575.495 euros, com um volume de negócios de 961.808 euros e um EBITDA positivo de 71.875 euros.
Questionado pelo ‘Exclusivo’, da TVI /CNN Portugal, sobre a sua débil situação empresarial, o gestor afirmou que “faz parte” do mundo dos investimentos e, referindo-se à sociedade Vira-Frangos, garantiu que a empresa que refere é uma empresa que tem com “dois amigos”: “Queremos fazer com que seja a maior marca de restauração portuguesa no mundo. É uma startup e uma startup requer grandes investimentos no princípio.”