Eternizado como uma das maiores estrelas das arenas, Rafael Soto Moreno morreu aos 85 anos. Conhecido no mundo do toureio como Rafael de Paula, tornou-se uma verdadeira estrela nas praças espanholas. Nascido cigano, em Jerez de La Frontera, Cadiz, a 12 de feveiro de 1940, teve honras e glórias, pelos seus feitos. Aliás, foi distinguido em 2002 com a Medalha de Ouro de Mérito em Belas Artes, pelo governo do país vizinho.
Começou nas lides em maio de 1957, na Praça de Touros de Ronda. De acordo com o jornal El Confidencial, em 1960 recebeu a alternativa, tendo sido apadrinhado por Julio Aparicio e tido como testemunha Antonio Ordónez. O toureiro despediu-se das arenas no início dos anos 2000. O El Español recorda que o percurso de Rafael de Paula foi marcado por alguns problemas de saúde. O toureiro fez dez cirurgias aos joelhos.
Rafael de Paula voltou ao mundo do toureio em 2006, mas, desta feita, como empresário de Morante de da Puebla, durante cerca de um ano.
Jerez de la Frontera, o município que o viu nascer, já homenageou Rafael de Paula, neste momento de pesar para todos os aficionados. “O céu abre os portões principais para receber o lendário nativo de Jerez. Rafael de Paula, um génio da tourada e da arte, que orgulhosamente levou o nome de Jerez para o mundo, deixou-nos”, disse a autarca Maria José García-Pelayo.
Nas redes sociais também se multiplicam as publicações de pesar. No Facebook da Arte Taurino TV, por exemplo, os votos são sentidos. “Rafael de Paula era muito mais do que um mestre da capa: era um criador de beleza, um poeta da arena. Sua compostura, seu ritmo e seu estilo hipnótico de conduzir a tourada transformavam cada passagem em um momento de pura Rafael de Paula era muito mais do que um mestre da capa: era um criador de beleza, um poeta da arena. Sua compostura, seu ritmo e seu estilo hipnótico de conduzir a tourada transformavam cada passagem em um momento de pura arte.”