Uma mulher polaca que durante anos alegou ser Madeleine McCann, a menina britânica que, em 2007, despareceu em Portugal, com três anos de idade, protagonizando um dos enigmas mais mediáticos de sempre, foi esta sexta-feira, dia 7, condenada pela justiça inglesa por assédio aos pais da criança.
Chama-se Julia Wandelt, tem 24 anos e, pelo menos, durante os últimos três apropriou-se da identidade da menina que despareceu sem deixar rasto no Algarve, há 18 anos. Foi a julgamento em terras de sua majestade por ter feito sucessivos telefonemas e escrito repetidas mensagens a Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine, para além de se ter deslocado até à residência familiar de ambos em Rothley, perto de Leicester, no centro de Inglaterra. Os atos assediadores sucederam-se entre junho de 2022 e fevereiro de 2025.
Em 2023, a mulher autoproclamou-se na rede social Instagram, como sendo a criança desaparecida. No entanto, um teste de ADN negou as suas alegações.
O caso foi parar à justiça e depois de um julgamento que durou cinco semanas, a arguida foi agora condenada por assédio numa sentença que pode chegar a um máximo de seis meses de prisão. Apesar da condenação, Julia Wandelt foi absolvida pelo júri da acusação de perseguição, já que na legislação da Grã-Bretanha este crime está associado ao ato de seguir alguém ou de se dirigir à sua casa de forma não solicitada e obsessiva. Karen Spragg, uma mulher, de 60 anos, natural de Cardiff, que também era arguida no processo, vista como ajudante Waldent e acusada por “perseguição com grave alarme ou angústia”, foi absolvida.
A culpada deve agora ser deportada para a Polónia.
Recorde-se que Madeleine McCann foi dada como desaparecida quando estava de férias com a família na Praia da Luz. O seu paradeiro nunca foi descoberto.
