A Feira Nacional do Cavalo (FNC), na Golegã, tem início esta sexta-feira e prepara-se para receber milhares de visitantes na vila ribatejana. O certame, que é organizado pela autarquia em parceria com a Federação Nacional de Equitação e decorre até ao próximo domingo, dia 16, é um dos principais eventos equestres a nível nacional e este ano fica marcado pela candidatura ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A feira que se repete anualmente no mês de São Martinho é uma exaltação ao cavalo lusitano e à cultura portuguesa e está em constante crescimento, com a presente edição a representar um investimento superior a 600 mil euros, garante o autarca do município pertencente ao distrito de Santarém, António Camilo.
Em declarações à Lusa, o edil golganense explica que a organização conta com um investimento direto avaliado em cerca de 400 mil euros a que acrescem mais de 200 mil euros em apoio logístico, através da cedência de espaços, montagem de infraestruturas, equipamentos e segurança. “É uma estimativa que envolve também os recursos humanos da autarquia, que têm um papel essencial na realização da feira”, acrescentou.
Um dos grandes destaques da presente edição vai para a candidatura da FNC ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Um empreendimento que tem como objetivo assegurar “o valor histórico e cultural do certame”, garante o presidente de câmara. Nota ainda para as homenagens a Luís Miguel da Veiga, pelos seus 59 anos de alternativa como cavaleiro tauromáquico, e ao mestre Nuno Oliveira, tido por muitos como a grande referência da arte equestre portuguesa e embaixador do cavalo lusitano. “É uma justa homenagem à sua importância na equitação portuguesa e internacional”, realçou António Camilo.
O programa integra todas as disciplinas hípicas praticadas em Portugal, com o Largo do Arneiro a ser, como sempre, o grande epicentro das festividades.
Este ano há também novidades na restauração, que foi redistribuída para uma área de ‘street food’, alheia ao núcleo central da feira. Esta medida visa que neste último espaço se concentrem exclusivamente as atividades equinas. “Queremos que o coração da feira seja inteiramente dedicado ao cavalo”, sustentou o líder do município.
Pese embora o avultado investimento, o impacto económico do evento é crescente e transcende as barreiras municipais. “O retorno é cada vez maior e extravasa os limites geográficos do município. Há pessoas que acabam por ter de pernoitar em concelhos vizinhos e até em Leiria, o que mostra bem a dimensão que este evento atingiu”, concluiu o autarca.

