Continua a não ser claro quem pagou as despesas de repatriamento da deputada do Bloco de Esquerda de Israel para Portugal.

André Ventura levantou esta lebre questionando: “Quando isto acabar, quem é que vai pagar os custos que nós estamos a ter com a Mariana Mortágua? É ela que vai pagar? É ela que vai pagar todos os custos que agora vamos ter diplomáticos, consulares, protocolares, de transporte, por causa, francamente, de um absurdo, de um ego maior do que a própria pessoa”, pergunta o líder do Chega.

Só Marcelo Rebelo de Sousa tentou explicar o que se poderia passar, em relação aos custos de repatriamento. Em declarações à RTP, o Presidente da República revela que Israel “vai apresentar uma escolha aos detidos: ou assinam um documento dizendo que saem, com a sua concordância, do território de Israel, e aí Israel cobre as despesas dessa saída, ou preferem ficar em território israelita e iniciar o processo que conduz à intervenção de um juiz, que depois decidirá em que termos ocorre essa saída, e aí o Estado de Israel não cobriria essas defesas”.

O 24Horas procurou saber toda a verdade sobre o caso. Questionámos Pedro Fonseca, assessor do Secretário de Estado das Comunidades, que não deu qualquer resposta e nos remeteu para o gabinete de comunicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Assim fizemos. Durante toda a manhã de hoje, segunda, 6, telefonámos e mandámos várias mensagens para Joana Reis, a assessora do MNE. E… não obtivemos qualquer resposta às nossas perguntas.

Ao mesmo tempo, o 24 Horas questionou se Joana Mortágua tinha viajado a expensas próprias, ou do Estado Português, para Madrid, onde recebeu a irmã gémea. Esta pergunta também foi ignorada por Joana Reis, da assessoria do MNE.

Então e, supondo que Israel pagou o voo até Madrid, quem pagou o de Madrid para Lisboa?