Greta Thunberg, de 22 anos, foi detida durante uma manifestação de apoio a membros da organização Ação Palestina, que se encontram em greve de fome na prisão, esta terça-feira, dia 23, em Londres.
De acordo com a Polícia de Londres, a ativista exibia um “cartaz em apoio a uma organização proibida, a Ação Palestina (Palestine Action), em violação da Secção 13 da Lei do Terrorismo de 2000”. Greta Thunberg surge num vídeo, divulgado nas redes sociais, à porta dos escritórios da seguradora Aspen Insurance, a envergar o cartaz onde se lê “Apoio os prisioneiros da Ação Palestina. Oponho-me ao genocídio”.
O local foi escolhido pelos ativistas como forma de protesto por a seguradora prestar serviços à empresa de defesa Elbit Systems, ligada a Israel. Durante a ação, dois ativistas pintaram a fachada do edifício com tinta vermelha.
De salientar que vários membros da Ação Palestina estão em greve de fome desde o dia 2 de novembro. Pelo menos três já interromperam o protesto, devido à deterioração do seu estado de saúde. Os ativistas em greve de fome há mais tempo são Amy Gardiner-Gibson, conhecida como Amu Gib, de 30 anos, e Qesser Zuhrah, de 20 anos, que já ultrapassaram os 50 dias sem ingerir alimentos, numa acção que já se tornou a mais prolongada nas cadeias britânicas desde a greve protagonizada por presos do IRA em 1981.
A greve foi iniciada em protesto contra restrições à correspondência, chamadas telefónicas e visitas. Os ativistas exigem o encerramento de empresas do sector militar com ligações a Israel, a reversão da ilegalização da Palestine Action e a concessão de liberdade sob fiança aos detidos.