Seis meses após a estreia oficial na Eslováquia, a Biedronka – cadeia de supermercados da Jerónimo Martins (JM) –, já soma oito unidades em funcionamento, apoiadas por um centro logístico a cerca de 40 quilómetros de Bratislava, a capital do país.
No entanto, as boas notícias da empresa portuguesa ficam por aí, até porque na Polónia surgem novos problemas: a autoridade da concorrência acusou o grupo de práticas pouco transparentes na comunicação de preços, o que tem gerado uma onda de críticas.
A Polónia continua a ser o principal mercado da Jerónimo Martins. Só a Biedronka tem 3720 lojas e 81 mil trabalhadores, responsáveis por mais de 70% do volume de negócios do grupo em 2023. A empresa portuguesa, que é líder no setor alimentar, viu a Autoridade da Concorrência e Proteção do Consumidor (UOKiK) abrir um processo, acusando a insígnia de praticar “preços pouco transparentes”.
Segundo a acusação, a operação da JM terá colocado em causa os direitos dos consumidores, o que pode resultar numa coima de até 10% das vendas no mercado local – um valor que no último ano atingiu 23,6 mil milhões de euros.
Três administradores também foram acusados e arriscam multas individuais de 470 mil euros cada. As autoridades justificam que a forma como os preços são apresentados nas etiquetas não depende de escolhas pontuais dos funcionários das lojas, mas sim de decisões tomadas pela gestão central da empresa.
Recorde-se que, no país vizinho, e até ao final de 2026, com Pedro Soares dos Santos a comandar o navio, o grupo pretende “abrir, pelo menos, 50 lojas na Eslováquia até ao final de 2026”.