A avença mensal de 4 mil euros paga pelo Alternativa Democrática Nacional (ADN) a Joana Amaral Dias representa quase 20% da subvenção do partido – um valor anual de 278 mil euros.
O pagamento é feito através da empresa do marido da psicóloga, a Mutant Expression, uma consultora informática sediada em Lisboa, sendo que o valor se destina à participação de Joana Amaral Dias em campanhas do partido, eventos públicos e debates televisivos.
O líder do partido, Bruno Fialho, admitiu ao Correio da Manhã os pagamentos, mas afirmou que não considera que o que Joana presta ao ADN sejam propriamente serviços. “Até poderiam ser, como por exemplo quilómetros feitos em prol do partido”, disse. Fialho não revelou o teor específico dos serviços prestados.
No entanto, após a notícia ter surgido na capa do jornal esta quarta-feira, dia 12, o ADN veio esclarecer que “é totalmente falso” que pague uma avença mensal a Joana Amaral Dias. “Essa afirmação, divulgada de forma enganosa e tendenciosa, não corresponde à verdade nem tem qualquer fundamento factual”, afirma o partido num comunicado enviado às redações. Na nota, o ADN refere ainda que “nunca pagou qualquer valor a título de avença ou compensação política à Dr.ª Joana Amaral Dias”.
Apesar disto, o partido esclarece que assumiu “parte das perdas salariais que a Dr.ª Joana Amaral Dias sofreu em consequência direta da sua candidatura pelo ADN, a qual levou ao seu afastamento injustificado dos trabalhos que exercia em várias estações de televisão, órgãos de comunicação social e no seu próprio podcast”. O ADN refere ainda que a decisão foi dada a conhecer com total transparência dentro do partido.