Alexandre Frota, de 61 anos, antiga estrela das novelas da Globo e ator de filmes para adultos, perdeu o mandato de vereador na Câmara Municipal de Cotia, na área metropolitana de São Paulo, por comentários que associavam Jean Wyllys, do Partido dos Trabalhadores (PT), à pedofilia.
Para além de ficar sem o mandato, Frota, eleito pelo PDT, foi condenado a dois anos e 26 dias de detenção em regime aberto. A pena de prisão foi trocada por duas penas alternativas: a prestação de serviços à comunidade e a limitação de fim de semana. A decisão já transitou em julgado na Justiça Federal pelo que não há possibilidade de recurso.
Os comentários, recorde-se, que levaram a antiga estrela de filmes para adultos a perder o seu mandato e à pena de prisão em regime aberto, remontam a 2017, quando ainda não exercia nenhum cargo político. “A pedofilia é uma prática normal em diversas espécies de animal, anormal é o seu preconceito”, escreveu, atribuindo a frase ao deputado Jean Wyllys.
Mesmo após saber que a frase que escreveu não pertencia ao deputado do PT, Alexandre Frota voltou a publicar a mesma frase 10 dias depois. Já durante o decorrer do processo, o até aqui vereador voltou a atribuir a Jean Wyllys uma frase falsa: “Nós brasileiros temos que aceitar a tradição dos muçulmanos de se casarem com meninas menores de 10 anos. Não é pedofilia, é cultura islâmica.”
A defesa de Alexandre Frota afirmou que não foi formalmente intimada pela Justiça Eleitoral ou pela autarquia sobre a perda do mandato, informou, em comunicado: “Sobre a decisão, a defesa respeita, porém dela não concorda e ingressará com uma revisão criminal buscando absolvição. O vereador está tranquilo e confiante na justiça.”
