Iuri Rodrigues, de 23 anos, assaltou uma ourivesaria no Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa, no início de dezembro, está agora a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de homicídio em contexto prisional.

De acordo com informações prestadas pelo presidente do Sindicato dos Guardas Prisionais, Frederico Morais, ao Notícias ao Minuto, o caso ocorreu ao final da tarde de domingo, quando os guardas prisionais foram chamados à cela pelo próprio recluso.

No local, encontraram um homem deitado junto às grades, já sem sinais de vida. O INEM foi acionado de imediato, mas o óbito acabou por ser declarado no local. O corpo foi posteriormente transportado para o Instituto de Medicina Legal, onde foi realizada a autópsia.

Segundo Frederico Morais, o suspeito apresentava-se “muito calmo e tranquilo” após o sucedido, acrescentando que a vítima não tinha qualquer doença conhecida nem problemas de saúde que pudessem justificar uma morte súbita.

Na sequência do incidente, a cela foi “isolada” e Iuri Rodrigues transferido para outra, onde passou a partilhar espaço com outros reclusos. Foi nesse contexto que surgiram novas suspeitas, depois de o jovem ter alegadamente tentado asfixiar um companheiro de cela através de um golpe conhecido como “mata-leão”, uma manobra de estrangulamento.

O relatório da autópsia já é conhecido e aponta para a existência de sinais compatíveis com estrangulamento, reforçando a suspeita de homicídio.

Já o suspeito foi, mais tarde, internado com um surto psicótico no Hospital São Francisco Xavier e vai ainda ser transferido par ao Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias.