O setor da construção no Luxemburgo enfrenta uma grave crise, com falta de trabalhadores e perspectivas limitadas de melhoria. A Câmara dos Ofícios estima que, entre 2025 e 2030, serão necessários 12 500 novos profissionais para construir 32 500 habitações, enquanto cinco mil trabalhadores atuais se reformarão nesse período.
O aumento da população, previsto em 72 500 pessoas até 2030, intensifica a pressão sobre o mercado imobiliário. Atualmente, apenas 2 500 casas são construídas por ano, quando seriam necessárias 6 500 para responder à procura. A escassez de mão-de-obra qualificada limita a capacidade do setor de atingir estas metas.
Para colmatar a lacuna, o Luxemburgo recorrerá a trabalhadores estrangeiros, incluindo portugueses. Gilles Walers, da Câmara dos Ofícios, sublinha que Portugal é um dos principais países parceiros. Portugueses qualificados e não qualificados poderão ocupar funções essenciais, com formação possível no Luxemburgo.
O responsável destaca, ao jornal Contacto, que o recrutamento será estratégico, focado nos perfis mais necessários, e que os jovens formados internamente e na Grande Região também podem ser uma solução.