Sob pressão intensa dos EUA, que prometeu uma invasão para breve ao país, Nicolás Maduro, de 63 anos, nomeou esta segunda-feira, dia 1, um novo gabinete político na Venezuela, destinado a assumir “a direção ao mais alto nível das forças políticas, sociais e da revolução bolivariana”. O órgão integra 12 líderes do chavismo, corrente política inspirada nas ideias do antecessor, Hugo Chávez.
Ao anunciar a nova estrutura, Maduro assumiu que “o poder nacional da Venezuela do século XXI baseia-se no imenso poder do seu povo, na sua consciência, nas suas instituições, nas suas armas e na decisão de construir esta pátria acima de qualquer dificuldade”.
O governo indicou que os Comandos Bolivarianos Integrados terão a seu cargo a revisão dos planos de segurança das comunidades e o apoio às áreas de educação pública, saúde e obras públicas.
Já esta manhã de terça-feira, dia 2, milhares de venezuelanos marcharam contra o “imperialismo norte-americano” e em defesa do país e dos Comandos Bolivarianos Integrados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
“Nas catacumbas do povo e das comunidades, juntos e juntas, criamos e desenhamos a Venezuela que queremos, que não é uma intervenção estrangeira, mas, sim, que os problemas sejam resolvidos por nós mesmos”, diz uma das participantes aos jornalistas: “Estamos com o presidente Nicolás Maduro, estamos a rezar a Deus, de joelhos no chão, para garantir a paz.”