“A vida não espera”, escreveram os Bombeiros Voluntários da Moita depois de, na madrugada desta segunda-feira, terem assistido o nascimento de Nariel, em plena área de serviço da A33, enquanto se dirigiam para o Hospital Garcia da Horta, em Almada. Este foi já o 15.º parto a que este corpo de bombeiros prestou assistência ao longo deste ano.
A ocorrência surgiu quando esta unidade de intervenção foi acionada para um “parto eminente na Baixa da Banheira”, tendo o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) indicado que o transporte da grávida deveria ter como destino o referido hospital em Almada, já que a maternidade do Hospital do Barreiro, que se encontrava a cinco minutos do local, estava encerrada.
Em declarações à Lusa, Pedro Ferreira, comandante dos bombeiros da Moita revelou que “na A33, junto a uma área de serviço, verificou-se que tínhamos de parar e fazer a assistência ao parto”, confirmando que esta foi assegurada pelos seus bombeiros e decorreu dentro da própria ambulância onde transportavam a grávida. O comandante destacou ainda que o número de nascimentos nas ambulâncias da Moita “aumentou substancialmente”, sendo que no presente ano, até à data, há já registo de 15.
“A pequena Nariel fez-se nascer pela competência dos nossos operacionais, mesmo sem o apoio VMER, pelas 3:43 h. Sê bem-vinda, Nariel. Mãe e bebé estão bem”, pode ler-se numa publicação partilhada nas redes sociais dos Bombeiros Voluntários do Concelho da Moita.
Em 2025, o número de partos em ambulâncias está a bater todos os recordes, tendo já ultrapassado o número total dos três anos anteriores. No ano corrente, segundo os dados evidenciados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) , a que a Lusa teve acesso, registaram-se entre 1 de janeiro e 14 de setembro 32 partos em ambulâncias, a que se acrescentam mais dois assistidos pelos bombeiros da Moita nas últimas semanas, a 28 de setembro e 6 de outubro. Em 2024 houve 28 ocorrências deste tipo, em 2023 decorreram 18 e em 2022 há registo de 25.