Este sábado decorreram manifestações a favor e contra a prisão de Jair Bolsonaro em frente à sede da Polícia Federal em Brasília — e, além dos protestos, a noite acabou marcada por uma confusão numa vigília convocada por apoiantes do ex-presidente.
Desde o início do dia, manifestantes dos dois lados ocuparam a área. Apoiantes de Bolsonaro protestaram contra a decisão judicial, alegando perseguição política e abuso de autoridade. Exibiam bandeiras e cartazes a pedir a libertação do ex-presidente. Do outro lado, opositores aproveitaram o momento para celebrar a detenção, defendendo que a Justiça atuou por violação de medidas cautelares e risco de fuga.
Ao longo da noite, uma vigília marcada por familiares e aliados de Bolsonaro tentou manter um ambiente de oração e apoio. No entanto, tudo mudou quando um homem, que se apresentou como pastor, pegou num microfone e começou a criticar Bolsonaro, acusando-o de responsabilidade pelas mortes na pandemia. As declarações geraram revolta imediata entre simpatizantes: o pastor foi retirado à força, perseguido e agredido com socos e pontapés. A Polícia Militar teve de intervir e usou gás pimenta para separar os agressores e restabelecer a ordem.
Bolsonaro permanece detido na Polícia Federal até à audiência de custódia marcada para esse domingo. A combinação de protestos, confrontos e tensão política reforça o ambiente polarizado que domina Brasília este fim-de-semana.