Mariana Mortágua, de 39 anos, denunciou que a flotilha que leva ajuda humanitária a Gaza foi, mais uma vez, alvo de ataques com drones ao largo da Grécia, esta terça-feira, dia 23.
A bordo do barco ‘Família’, a coordenadora do Bloco de Esquerda descreveu a situação: “Ouvimos uma explosão e vimos um flash de luz nos outros barcos. A flotilha está em situação de alerta e com o protocolo de segurança ativado. Sabemos que esta é uma estratégia de intimidação para tentar travar a ajuda humanitária, mas isso não vai acontecer. Estamos dentro do direito internacional, temos direito a uma passagem segura para levar ajuda humanitária.”
Os organizadores da flotilha humanitária confirmaram a ocorrência, referindo a presença de drones, bloqueio de comunicações e explosões em várias embarcações: “Vários drones, objetos não identificados lançados, comunicações bloqueadas e explosões foram ouvidas de vários barcos”, afirmou a Flotilha Global Sumud em comunicado citado pela AFP. “Estamos a testemunhar estas operações psicológicas em primeira mão, mas não seremos intimidados.”
A flotilha rejeitou a proposta de Israel para descarregar a ajuda humanitária no porto israelita de Ascalon, insistindo em chegar a Gaza e romper o bloqueio marítimo. Israel defende que não permitirá a entrada de navios numa “zona de combate ativa”.
A missão partiu da Tunísia na semana passada e integra cerca de 300 voluntários de 44 países, entre ativistas, políticos, jornalistas e médicos. Para além de Mortágua, seguem também o ativista português Miguel Duarte, a atriz Sofia Aparício e a ambientalista Greta Thunberg.