É um dos jogadores indiscutíveis no plantel do Sporting, mas quem o vê a correr pela ala esquerda do campo, não imagina o que ele já sofreu.
Maxi Araújo abriu o livro da sua vida e, em entrevista ao jornal A BOLA, recordou momentos difíceis da sua infância ao lado da mãe e dos cinco irmãos. O uruguaiano fez uma viagem no tempo até ao bairro Cerrito de la Victoria, em Montevideu (Uruguai), onde contou que ele e os seus irmãos passaram por muitas dificuldades. Na ausência da mãe, era a irmã mais velha quem tomava conta da família, e Maxi admite que chegou mesmo a passar fome. “A minha mãe lutou a vida toda por nós. Faltou-nos muito, mas sobrou sempre amor”, revelou o atleta. Um amor que veio da mãe, mas que faltou do pai, uma vez que Maxi Araújo não o teve presente na sua vida. O seu progenitor abandonou a família.
Atualmente com 25 anos e jogador de um dos maiores clubes de Lisboa, afirma com convicção que chegou a sua vez de ajudar a mãe. Revela ainda que o futebol foi crucial tanto para si como para o irmão César, jogador do Orlando City. O esquerdino conta que, com o seu primeiro ordenado no México (no Puebla), enviou um presente à mãe e começou a apoiar financeiramente a família.
O extremo leonino falou também da amizade com Luiz Soares: “É do melhor que há. Partilhar o balneário na seleção com ele foi das coisas mais lindas que experienciei na vida”. Maxi Araújo falou ainda da influência que o treinador da seleção do Uruguai, Marcelo Bielsa, teve na sua carreira. “É, sem dúvida, o técnico que mais me marcou.”
Maxi, que nesta época soma 15 jogos em todas as competições com a camisola do Sporting, destaca o seu profissionalismo e admite que treina até nos dias de folga, “no clube e também em casa”. É quase certo que o veremos novamente em campo, já amanhã, frente ao Benfica. Um derby disputado no Estádio da Luz a partir das 20:15.