Mais de um mês após o trágico acidente no Elevador da Glória, que provocou 16 mortos e mais de 20 feridos, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) continua sem criar um fundo de apoio às vítimas.
A ausência desta medida tem gerado forte contestação por parte da oposição e de familiares dos afetados, que denunciam a falta de respostas concretas e de apoio financeiro imediato.
A oposição municipal acusa a autarquia de inércia e falta de sensibilidade. Em resposta, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da CML, defende que “as seguradoras estão a assegurar o apoio necessário”, justificando assim a não criação de um fundo municipal. “O fundo é para fazer face a despesas das pessoas que foram vitimadas pelo acidente e aquilo que foi dito de uma forma inequívoca por parte do presidente da Câmara, e também pela minha parte, é que há disponibilidade total para constituir o fundo para despesas que sejam necessárias”, acrescentou.
No entanto, esta posição tem sido alvo de críticas, com especialistas a alertarem para a insuficiência dos mecanismos privados em situações de emergência.