A chegada do horário de inverno, marcada pela tradicional mudança dos ponteiros do relógio, traz consigo mais do que apenas noites mais longas e manhãs escuras.
Especialistas alertam que esta alteração pode ter impactos significativos no sono e no humor da população, sobretudo nos meses frios em que a luz solar escasseia.
A transição para o horário de inverno desestabiliza os ritmos circadianos, o que pode resultar em distúrbios do sono, aumento da sonolência diurna e maior dificuldade de adaptação aos novos horários. Estudos recentes apontam para uma ligação entre a perda de sono e o aumento do risco de acidentes rodoviários e até de problemas cardíacos, como demonstrado por uma investigação da Universidade de Stanford. Além disso, a redução da exposição à luz natural pode agravar sintomas de depressão, especialmente em pessoas suscetíveis ao Transtorno Afetivo Sazonal (SAD), uma condição associada à diminuição dos níveis de serotonina durante o inverno.
A falta de luz solar, aliada à alteração do relógio, pode contribuir para sentimentos de fadiga, irritabilidade e ansiedade, tornando a adaptação ao novo horário um desafio para muitos.
Apesar de alguns argumentarem que o horário de verão favorece a vida social e a prática de exercício ao ar livre, a evidência científica aponta para a necessidade de repensar estas mudanças. Recomenda-se, por exemplo, ajustar gradualmente os horários de sono antes da transição e privilegiar a exposição à luz natural para minimizar os efeitos adversos.