O Museu Zer0, primeiro museu de Arte Digital em Portugal, localizado perto de Tavira, no barrocal algarvio, já abriu ao público. O grande objetivo deste novo espaço é aproximar a arte contemporânea a quem vive no interior do país.
O novo museu, instalado nos silos da Cooperativa Agrícola dos Produtores de Azeite de Santa Catarina da Fonte do Bispo, não terá um acervo tradicional, servindo antes como espaço para a criação de arte digital centrada em residências artísticas. Trata-se de um edifício de sete andares e logo no rés-do-chão fica a zona de exposições, composta por quatro salas: a sala imersiva, sem luz natural, para promover a imersão dos visitantes num ambiente digital, a sala grande, a sala do órgão e a sala polivalente.
À Lusa, Fernanda Marques Pereira, programadora geral do museu, afirma: “A luta é ter cada vez mais espaços no interior do país que aproximem as pessoas, porque temos de deixar de ser elitistas e o acesso à cultura e à arte contemporânea é importante”, disse Fátima Marques Pereira, programadora geral de abertura do Museu Zer0.
Na sala imersiva será possível ver duas obras de arte digital: uma dedicada ao legado do arquiteto modernista Manuel Gomes da Costa, que desenhou os edifícios da antiga cooperativa na década de 1950, e outra inspirada nas flores e plantas do barrocal algarvio, explicou João Correia Vargues, presidente da direção do Museu Zer0, também à agência Lusa.
O novo museu algarvio vai, ainda, acolher residências artísticas. No segundo andar do edifício existe um pátio onde se prevê a realização de concertos, performances, ‘video mapping’ e até ciclos de cinema,