A NASA está a acelerar os seus esforços para enviar um reator nuclear de 100 quilowatts para a Lua até 2029, com o objetivo de estabelecer uma presença permanente no satélite natural e ultrapassar a concorrência de China e Rússia, que também estão a desenvolver projetos semelhantes.
Este reator seria capaz de fornecer energia contínua durante os longos períodos de noite lunar, que duram cerca de duas semanas, algo que a energia solar não consegue fazer devido à falta de luz solar.
A construção e operação de um reator nuclear na Lua apresentam desafios técnicos significativos. A ausência de atmosfera e água dificulta a dissipação de calor, exigindo o desenvolvimento de sistemas de radiadores eficientes. Além disso, é necessário garantir a proteção contra radiação e desenvolver sistemas de aterragem capazes de transportar até 15 toneladas de carga útil para a superfície lunar.
Além dos desafios técnicos, existem questões regulatórias e jurídicas a considerar. O Tratado do Espaço Exterior de 1967 estabelece princípios gerais para a exploração espacial, mas não aborda especificamente a utilização de energia nuclear na Lua. Isso levanta questões sobre a definição de zonas de segurança e a responsabilidade em caso de acidentes.
A NASA planeia colaborar com empresas privadas para o design, transporte e implantação do reator, mas será necessário desenvolver um quadro regulatório adequado para garantir a segurança e viabilidade do projeto.