A Polícia Judiciária (PJ) está hoje, dia 29, a realizar buscas na sede do Novo Banco e nas instalações da consultora KPMG. Em causa estão suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, burla qualificada e branqueamento, associados à venda de ativos imobiliários do extinto Banco Espírito Santo.
A operação envolve mais de 100 agentes da PJ, 14 procuradores do Ministério Público (MP), três juízes de instrução criminal e um elemento da Autoridade Tributária e Aduaneira.
Na origem destas diligências estão inquéritos antigos que correm no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), pretendendo-se com estas buscas efetuar o seu encerramento através de despachos de acusação ou arquivamento, avança a CNN Portugal.
Os bens em questão, foram vendidos abaixo dos valores de mercado, pelo que terão sido pagas alegadas comissões indevidas, em negócios que lesaram avultadamente o Estado e o próprio Banco.
Num comunicado oficial, a PJ deu conta da execução de dezenas de mandados de busca e apreensão e pesquisa informática que visam investigar a prática dos crimes acima mencionados.
“Em causa estão suspeitas de terem sido praticadas diversas ilegalidades na venda de ativos imobiliários detidos por uma instituição bancária apoiada financeiramente pelo Estado português, através do Fundo de Resolução, resultando dessas operações avultados prejuízos para o Banco em questão e para os interesses do Estado”, pode ler-se na mesma nota.
A PJ confirma ainda que o inquérito é dirigido pelo DCIAP e assegura que a investigação prosseguirá “com a realização da subsequente análise aos elementos probatórios recolhidos, visando o apuramento integral de todas as condutas criminosas e a célere conclusão dos inquéritos em apreço”.