O 24Horas falou, em exclusivo, com o médico-cirurgião geral Eduardo Barroso, que esclareceu o que esteve na origem da cirurgia de urgência a que Marcelo Rebelo de Sousa, de 76 anos, foi submetido no Hospital de São João, no Porto. O Presidente da República deu entrada na unidade hospitalar, esta segunda-feira, dia 1, após uma indisposição súbita, e acabou por ser diagnosticado com uma hérnia encarcerada, uma situação que exigiu intervenção imediata.
Ao 24Horas, Eduardo Barroso explicou, em exclusivo, que uma hérnia encarcerada ocorre quando uma porção do intestino ou de tecido abdominal fica presa no exterior da parede abdominal, sem possibilidade de regressar ao seu lugar natural. Segundo o especialista, esta condição “pode evoluir rapidamente para um quadro grave”, uma vez que o estrangulamento da circulação sanguínea naquele segmento do intestino pode levar à necrose e, em casos extremos, à remoção de parte do órgão.
O cirurgião sublinhou ainda que, após uma intervenção deste tipo, o Presidente da República terá de cumprir um período de repouso.
Quanto ao estado de saúde de Marcelo Rebelo de Sousa, fontes hospitalares garantem que a cirurgia decorreu sem incidentes e que o chefe de Estado passou a noite estável e bem-disposto. O internamento deverá prolongar-se por dois dias e a recuperação total poderá estender-se por cerca de duas semanas, dependendo da evolução clínica. A agenda presidencial foi suspensa, mas não está prevista qualquer substituição no exercício das funções.
