Vistos como a salvação do grupo Balsemão, a viver há anos uma crise financeira que inevitavelmente o levaria à falência a curto-prazo, os italianos da Mediaset, o grupo de media fundado por Silvio Berlusconi, deixaram claro desde o início das negociações, que não prescindiriam de um controle total do grupo, impondo como condição o afastamento da família Balsemão da gestão diária do grupo.
Aliás, essa exigência por parte dos italianos, desde logo colocada em cima da mesa por Pier Silvio Berlusconi (na foto) o filho do antigo primeiro-ministro italiano, que está à frente do grupo desde 2015, foi desde logo bem recebida pela banca, que só aceitou reduzir a gigantesca dívida existente para 70 milhões de euros, exatamente o valor com que o grupo italiano entrará no capital da Impresa, com a condição expressa de vir a ser a Mediaset a assegurar o controle da gestão do grupo Impresa.
O anúncio que estará para breve sobre formalização do negócio caiu bem no seio, tanto dos trabalhadores, como de alguns credores do grupo Balsemão, especialmente numa altura em que se sucediam os rumores sobre supostos incumprimentos que poderiam vir a ocorrer no final deste mês.
Contrariamente aos resultados desastrosos que o grupo detentor da SIC e do Expresso tem apresentado nos últimos anos, a Mediaset fechou o exercício financeiro do ano passado com um resultado líquido de quase 300 milhões de euros. O grupo, controlado pela família do ex-primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi, o célebre promotor das festas ‘bunga-bunga’, tem forte presença um pouco por toda a Europa, nomeadamente em Espanha, onde detém os canais Cuatro e Telecinco), em Itália, através dos canais Rete 4, Canale 5 e Italia 1, e ainda na Alemanha, onde é acionista de referencia no grupo alemão ProSiebenSat.1 Media.