Há 27 anos, o ‘24horas’ trouxe à imprensa portuguesa uma lufada de ar fresco a que o mercado viria a...
Há 27 anos, o ‘24horas’ trouxe à imprensa portuguesa uma lufada de ar fresco a que o mercado viria a corresponder: em 2004, a média de vendas em banca ultrapassou os 50 mil exemplares diários. Mas o começo não foi fácil, o DN e o JN ainda eram uma referência, o CM seguia em velocidade de cruzeiro, os três diários desportivos vendiam bem acima dos 200 mil jornais por dia e o ‘24’ tardou em encontrar um rumo – foram seis anos de combate duro.
Em duas décadas, o panorama da informação mudou mais depressa que o Mundo. Primeiro, as estações de TV privadas e o enorme investimento nos sites, a seguir a popularidade das redes sociais e a dispersão do investimento comercial fizeram da comunicação social um negócio complicado e um serviço público difícil de concretizar sem perdas profundas. O suporte papel luta hoje pela vida e o ‘jornalismo-google’ e as ‘fake-news’ atacam ferozmente uma atividade profissional indispensável às liberdades individuais, à investigação dos abusos e ao primado da ética e da verdade.
A pouco e pouco, as redações reduzem-se, o instinto de sobrevivência das empresas agudiza-se e só os mais aptos e inconformados resistem. E é nesse cenário de guerra que o ‘24horas’ renasceu – em contraciclo mas em boa hora – pela mão de um visionário, de um veterano de mil batalhas cujas cicatrizes dão aval ao projeto. Que todos os que trabalham neste novo ‘24’ e também nós, leitores, estejamos à altura do desafio. Afinal, é a grande aventura que continua.