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  • 'Embaraço-me porque votei AD', Ribeiro e Castro
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José Paulo Fafe

Fui colega, amigo e até compadre da Constança Cunha e Sá. Conhecemo-nos na ‘velha’ Sábado, lá para finais dos anos...

Fui colega, amigo e até compadre da Constança Cunha e Sá. Conhecemo-nos na ‘velha’ Sábado, lá para finais dos anos 80, quando compartilhámos um pequeno gabinete no primeiro andar daquela vivenda do Bairro das Colónias, onde um bando de saudáveis ‘malucos’ fez aquela que foi, entre outras coisas, a primeira publicação totalmente informatizada em toda a Europa.

Lado a lado, entre computadores que, comparados com os de hoje, pareciam movidos a vapor, disquetes que chegavam a voar pela janela, muitas fúrias homéricas devido a longos textos perdidos por falta de oportunos ‘save’, e também sonoras gargalhadas, fomos construindo uma amizade, daquelas que, pese embora a distância física, se mantém através dos anos, tantas vezes graças a cumplicidades forjadas em momentos menos bons, e que subsistem inquebrantáveis muitas vezes por um ou outro telefonema, ou por algum encontro casual.

Cada um de nós percorreu, a partir daquele número 5 da Rua Newton, caminhos distintos – o que não impediu, especialmente ali por volta de meados da década de 90, de coincidirmos por essa Lisboa fora, em noitadas que muitas vezes acabavam em lautos e divertidos pequenos-almoços tomados no Hotel da Lapa, onde as longas conversas se revelavam quase sempre inconclusivas, tantas vezes por desistência da minha parte, onde era o primeiro a deitar a toalha ao chão.

Conheci bem a Constança, compartilhei com ela alegrias e tristezas, momentos melhores e piores, inseguranças, temores e certezas. Guardarei dela a imagem de alguém que, sendo muitas vezes incompreendida, tinha do mundo e dos homens uma visão muito própria – determinada e coerente, a pensar pela sua própria cabeça (coisa rara nos tempos que correm…), imune a ‘modismos’ e às supostas certezas que mais não são que simples ‘muletas’ dos medíocres que, autoinvestidos de uma sabedoria que não possuem, pululam neste mundo cada vez mais pobre e caduco.

Um beijo, ‘Charlotte’!