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  • 'Embaraço-me porque votei AD', Ribeiro e Castro
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Manuel dos Santos

Apesar da muita informação/propaganda que a comunicação social tem proporcionado, alavancada pelo escrutínio dos mais relevantes elementos da chamada “indústria...

Apesar da muita informação/propaganda que a comunicação social tem proporcionado, alavancada pelo escrutínio dos mais relevantes elementos da chamada “indústria do comentariado”, não se pode dizer que a campanha para as eleições autárquicas, tenha sido muito esclarecedora.

Por exemplo, ainda ninguém percebeu (sobretudo em Lisboa e Porto) quantas casas vai “construir” cada candidato. Digamos mesmo que a discussão principal se centrou à volta de quem cantará vitória no fim do dia das eleições.

Excluo a já habitual, em tempo de eleições, narrativa sobre as relações do Ministério Público com a política.

Todos acentuam o carácter local das escolhas afirmando que os eleitores, nestas circunstâncias, votam em pessoas e não em ideologias. Seria bom que assim fosse, mas assim nem sempre é, e os exemplos que comprovam isso, na história das eleições locais, são mais que muitos para o justificar.

Poderá aceitar-se que a regra da “neutralidade ideológica”, mesclada de proximidade, é cumprida na maioria dos municípios de reduzida dimensão, mas não existe, como factor determinante, no quadro dos grandes municípios, onde se impõe a cultura de tribo e a maior parte dos eleitores exerce o seu dever cívico em obediência à sua opção partidária ou ao hábito que estabeleceu, durante sucessivas eleições, votando sempre da mesma maneira.

Infelizmente, mesmo nas democracias liberais, o “tribalismo” acaba sempre por se impor à cidadania.

Sendo assim, é perfeitamente natural que os actuais líderes políticos, acossados por uma conjuntura que não é fácil, acabem a fazer uma leitura nacional das eleições locais.

O secretário-geral do PS já disse, aliás, que se perder (tiver menos votos? tiver menos câmaras? tiver menos mandatos?) considera que não será sua a responsabilidade. Só não disse, nem lhe perguntaram, de quem será o mérito e o proveito, se o partido não ganhar.

Entretanto o líder do PSD estabeleceu que ganhar é ter condições para recuperar a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

Ficamos esclarecidos, até porque já sabemos que a extrema-direita, a extrema-esquerda e o PCP já têm os seus discursos de vitória encomendados antes mesmo de se contarem os votos. Pronto… siga a festa… e no dia 12 já saberemos.

Manuel dos Santos é antigo vice-presidente do Parlamento Europeu