A libertação de 33 migrantes, que tinham chegado, em agosto, num barco de madeira, a Vila do Bispo é mais...
A libertação de 33 migrantes, que tinham chegado, em agosto, num barco de madeira, a Vila do Bispo é mais um escândalo da política (ou da justiça ???) portuguesa. A cargo da Segurança Social, desde que tentaram entrar ilegalmente em Portugal, conseguiram (ou alguém conseguiu por eles, com a conivência de não sei quem)… conseguiram ver esgotados os 60 dias em que podiam estar sob controle das forças policiais…
Uma (não) decisão judicial que deixou passar mais um prazo… que permite que cada um desses cidadãos se possa passear por Portugal ou pela Europa sem fronteiras, porque temos as leis que temos.
Uma (não) decisão judicial que põe muitos a pensar onde terá acabado a incapacidade de decidir e poderá ter começado a vontade de (não) decidir assim, por razões políticas ou por convicções. Mais uma (não) decisão que faz com que sejamos repetidamente criticados pelas entradas que permitimos sem qualquer controle.
Numa campanha autárquica em que a questão da imigração esteve sempre presente… tão presente como tem estado na vida política nacional, desde que o “Portugal profundo” acordou da indiferença como que assistia à política de portas escancaradas que o PS trouxe para a ribalta.
Uma “questão política” que, cada vez mais, estabelece uma fronteira absoluta entre a esquerda e a direita!
Uma diferença que vem gerando esta escalada de alerta, de contestação, de revolta… que vai separando as águas entre os que querem mais imigrantes e os que nem sequer querem todos os que já cá estão.
Uma oposição total entre um fechar de portas e as portas abertas da esquerda, por razões de desespero eleitoral que disfarçam de solidariedade social.
Uma divisão que os números – cada vez mais – vão provando: o divórcio entre os políticos (com exceção de alguns, onde se situa todo o CHEGA e a honrosa resistência do socialista Ricardo Leão) e a realidade.
Números recentes de um estudo de opinião (divulgado num programa da CNN) trazem para o debate público esse mesmo afastamento entre a classe política e o povo (que os iluminados de esquerda tendem a desconsiderar… pelo simples facto de… não concordar com eles).
Enquanto – citemos a notícia do passado dia 3 – 82% dos políticos portugueses considera que os imigrantes não têm de se adaptar aos costumes do nosso País (e apenas 18% acham o contrário), só 28% dos portugueses entendem que os imigrantes não têm de se adaptar (enquanto 72% consideram que quem cá chega deve adaptar-se aos costumes de Portugal).
A continuarem assim … estes políticos de esquerda (e os tontos do centro, mas “politicamente corretos”) acabarão como merecem: cada vez mais minoritários, cada vez mais irrelevantes, cada vez mais reduzidos ao impacto que sempre tiveram as suas ideias… a não ser quando as impuseram pela força das armas e da repressão!!!