Luís Marques Mendes — com quem mantenho uma relação pessoal de respeito — afirmou, já esta semana, que André Ventura...
Luís Marques Mendes — com quem mantenho uma relação pessoal de respeito — afirmou, já esta semana, que André Ventura (e cito) “não pode ser Presidente da República nem vai ser”, acusando-o, para além disso, de “dividir os portugueses” e “minar a democracia”!
E fá-lo porque encontra respaldo e se assume como o porta-voz de uma parte (cada vez menor) da sociedade portuguesa — políticos e jornalistas ou jornalistas e políticos de esquerda ou do “politicamente correto” — que se acham os “donos disto tudo”, os novos DDT do regime… com direito de veto sobre quem deve ganhar eleições e governar (ou representar, neste caso) os portugueses!
Não todos, é verdade, como afirmou André Ventura, para grande escândalo deles que só aceitam essas afirmações se forem ditas “da boca para fora”, pelos políticos de esquerda ou pelos seus “parceiros úteis” do centro e do centro-direita “fofinha”… que estes adoram ser e os aqueles adoram ter à mão, para “todo o serviço”!!!
Há uma, cada vez mais pequena (que se julga mas não é, nunca foi nem nunca será) “elite”, que se acha dona da democracia e do regime!
São os mesmos que, nos meus tempos de PSD (e foram 48 anos) que, sempre que eu ganhava… invocavam uma imperiosa necessidade de união em torna de defesa dos ideais do partido, para não serem desalojados dos lugares que ocupavam e, quando eram eles a ganhar, se apressavam a correr os que perdiam, em nome da legitimidade retirada dos resultados eleitorais.
Não me peçam exemplos… nem de “atores” nem de “redatores” que apoiavam uma e outra coisa, sempre na defesa dos seus próprios interesses ou dos que lhes pagavam assessorias… fossem quais fossem as justificações dessas faturas.
Todos os dias nos vamos deparando com esta tolerância num só sentido, em que esses “democratas” só o são enquanto os seus interesses e os seus lugares (que achavam serem-lhes eternamente destinados) não estiverem em perigo!
Um risco que julgavam afastado para sempre, por pertencerem ao tal “centrão”, onde uns protegiam os outros.
Agora — com receio do que aí possa vir — transformaram-se em intolerantes.
E, com isso, descobrimos que apenas o eram (democratas e tolerantes) por não ter sido preciso defender a democracia e o respeito pela liberdade.
Podem não concordar, podem (até) invocar processos passados ou insultar quem, no dia a dia dos argumentos e em pleno respeito pela vontade dos portugueses, os combates em nome de valores e por uma ideia diferente.
Podem ter como aliados os que controlam a opinião publicada… mas não será por isso que poderão dizer tudo e reclamar razão em tudo o que dizem.
Pela democracia, pelo respeito pela liberdade e na defesa do direito a estar disponível para o combate político por ideais, contra os interesses,… esse é o caminho que vale a pena seguir!
Felizmente… as eleições decidem-se a contar votos e não com os computadores de alguns… onde os “votos” davam os resultados pedidos.
Antes (mesmo sem computadores) como depois do 25 Abril, na política como no resto… vai continuar a valer a pena acreditar na democracia!!!
Mesmo contra … A INTOLERÂNCIA DOS (EX) “TOLERANTES”!!!