Com o arranque dos saldos, as lojas enchem-se de etiquetas vermelhas e promessas de poupança, mas os melhores negócios continuam reservados a quem sabe como procurar. Mais do que sorte, é uma questão de método e de atenção ao detalhe.
Antes de ir às compras, vale a pena experimentar em casa as peças que tem no armário e identificar falhas concretas: umas calças que precisem de substituição, um casaco versátil ou básicos que já não estão em condições. Levar uma fotografia dessas peças no telemóvel ajuda a comparar cortes e cores na loja e evita compras duplicadas.
Outra estratégia pouco usada passa por experimentar roupa de novas coleções antes dos saldos começarem, apontando referências, tamanhos e cortes que funcionam melhor — quando o preço baixa, a decisão torna-se imediata.
Nas compras presenciais, os melhores achados nem sempre estão à vista. Muitas lojas colocam peças únicas ou devoluções recentes misturadas nos expositores de saldo, sem organização por tamanho. Passar tempo a vasculhar, peça a peça, continua a ser uma das tácticas mais eficazes. Ir às compras sozinho também ajuda a manter o foco e a resistir a compras por influência externa. Já as manhãs de dias úteis, especialmente à terça ou quarta-feira, são ideais para encontrar reposições feitas após o fim de semana.
No online, um truque pouco óbvio é verificar a secção “novidades” durante os saldos: algumas devoluções regressam ao site a preço reduzido, fora das páginas principais de promoção. Criar uma conta, guardar favoritos e limpar o carrinho antes de cada visita facilita decisões rápidas quando o stock é limitado. Comparar a tabela de medidas entre marcas evita erros e devoluções desnecessárias.
Por fim, um bom negócio é aquele que vai ser usado várias vezes. Se a peça só funciona para uma ocasião específica ou exige alterações dispendiosas, o desconto perde valor. Nos saldos, ganhar não é gastar menos — é comprar melhor.