Numa conversa descontraída com o DJ Diego Miranda, o padre Guilherme, de 51 anos, defendeu a ideia de antecipar os horários dos espetáculos de música eletrónica em Portugal. Cansado das noites prolongadas, o sacerdote revelou que atuar mais cedo não é apenas uma questão de preferência artística, mas também devido à rotina: “Se eu tocar cedo, no dia seguinte estou pronto para as missas.”
Para o padre DJ, a música eletrónica continua a crescer no País, mas muitas vezes permanece limitada pelo facto de ser quase sempre empurrada para horários depois da meia-noite. Uma realidade que, segundo afirma, afasta muita gente que gostaria de assistir, incluindo pais e famílias.
“Há muita gente que, hoje, são pais e gostavam de assistir a um espetáculo de música eletrónica. Mas, a partir das duas, três da manhã, não dá hipótese”, confessou. Para o padre Guilherme, a antecipação permitiria envolver mais gerações, algo que já vê nos seus próprios concertos: “Vejo famílias, crianças com protetores nos ouvidos, várias gerações a desfrutar da música eletrónica.”
Nos festivais, lembra, isto já acontece. A música começa mais cedo, mas, noutras festas e eventos noturnos, tudo se arrasta para horas tardias. Por isso, o padre Guilherme defende uma solução simples: bandas e artistas de outros géneros podem tocar mais tarde, enquanto a eletrónica ganha espaço nos horários acessíveis.
Veja o vídeo da conversa entre os dois DJ’s na íntegra: