Na sequência das buscas realizadas pela PJ na TAP e na sociedade de advogados SRS Legal, esta terça-feira, o ex-líder socialista, Pedro Nuno Santos, emitiu um comunicado nas suas redes sociais, onde veio alhear-se de responsabilidades criminais no caso que, em dezembro de 2022, conduziu à sua demissão do cargo de ministro das Infraestruturas, após um polémico pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à então administradora da TAP, Alexandra Reis. Recorde-se que a tutela da companhia aérea estava ao encargo do ministério liderado por Pedro Nuno Santos.
“Não foi cometido qualquer crime”, afirmou o socialista de forma perentória, referindo-se aos membros do Governo que vigorava na época, bem como aos integrantes do seu gabinete.
Embora admita que a avultada indemnização paga a Alexandra Reis não correu bem, o antigo governante explica que a CEO da empresa na altura, Christine Ourmières-Widener, e a administradora estavam incompatibilizadas, tendo o ex-ministro dado autorização à primeira para iniciar o processo de substituição da segunda.
Concluída a negociação entre ambas as partes, Pedro Nuno Santos acedeu à anuência política que lhe tinha sido solicitada para o encerramento deste processo, porém explica que apenas o fez pois partiu do pressuposto de que a solução apresentada pela empresa era legal, já que a TAP tinha sido assessorada “por uma conceituada sociedade de advogados”.
“Autorizei o fecho porque, apesar do elevado valor da indemnização, era pior manter uma situação de conflito dentro da comissão executiva. Claro que se soubesse que a indemnização era indevida, essa autorização nunca teria sido dada”, justifica o político.
Finalizando com um apelo à celeridade na conclusão deste processo para que fique “definitivamente clara” a sua participação no mesmo.