Pedro Silva é o nome do militar da Guarda Nacional Republicana (GNR) que esta noite morreu na sequência do abalroamento e fuga de uma lancha rápida de supostos narcotraficantes no Rio Guadiana. Tinha 50 anos.
A morte resultou de uma colisão entre barcos no decorrer de uma operação de patrulhamento e causou, além da vítima mortal, mais três feridos, também eles militares da GNR.
Em comunicado publicado nas redes sociais, a GNR transmitiu as condolências aos familiares e amigos da vítima, destacando a coragem e compromisso do seu agente.
“Partiu a cumprir o dever, com a coragem e a entrega que definem os que vestem esta farda. A sua memória viverá em cada militar da Guarda. Continuaremos a enfrentar os desafios da missão, com a mesma bravura e o mesmo sentido de compromisso, de honra e de serviço a Portugal. Que o seu exemplo permaneça como farol, guiando-nos na defesa da lei, da segurança pública e da vida. Neste momento de profunda consternação, a Guarda Nacional Republicana presta as mais sentidas condolências aos familiares e amigos do Cabo Pedro Silva, que faleceu na sequência de um abalroamento da embarcação em que seguia, em missão de serviço”, pode ler-se na publicação.
De momento os suspeitos deste crime encontram-se a monte, estando o caso a ser investigado pela Polícia Judiciária. O alerta para a ocorrência foi dado pelas 23:15 desta segunda-feira, 27.
A unidade de apoio psicológico da Guarda foi imediatamente acionada para acompanhamento dos envolvidos bem como das respetivas famílias.
Ao que tudo indica, a lancha que abalroou a embarcação militar, e que posteriormente foi encontrada a arder a duas milhas do local (cerca de quatro quilómetros), estará ligada ao tráfico de droga.
A ministra da Administração Interna assegurou estarem a realizar-se todos os esforços para que seja feita justiça. Na chegada ao Parlamento, Maria Lúcia Amaral afirmou que o Governo “tudo fará, em articulação com as autoridades espanholas, para deter os autores deste crime”.
Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já manifestou o seu pesar pela morte do militar. Um comunicado publicado no site da Presidência informa que Marcelo “já apresentou pessoalmente as mais sentidas condolências à esposa, filhos e demais família enlutada, bem como as expressa a todos os seus amigos e à própria GNR, neste momento particularmente difícil para todos os seus militares e civis” e garante que “o Chefe de Estado está a acompanhar a situação dos três militares feridos, a quem transmite a sua solidariedade e apoio, esperando a sua rápida recuperação”.