Numa decisão que contou com os votos do PSD, do CDS, mas também do Partido Socialista e do Chega, a Câmara Municipal de Cascais aprovou, esta segunda-feira, o exercício do direito de preferência sobre os terrenos com cerca de 450 mil metros quadrados situados na zona da Aldeia de Juso–Birre–Areia, colocando assim um ponto final na incerteza e na especulação imobiliária sobre aqueles terrenos propriedade de um fundo imobiliário.
A proposta, que inclui a contratação de um empréstimo bancário de 30 milhões de euros destinado à aquisição dos terrenos, representa, nas palavras de Nuno Piteira Lopes, o presidente daquela autarquia, “uma medida estratégica e emblemática para o futuro de Cascais”, que permitirá ao município concretizar uma das maiores intervenções urbanísticas sustentáveis do concelho:“Estamos a garantir que estes 450 mil metros quadrados serão mantidos como espaço verde, público e acessível a todos. Será criado o maior parque urbano de Cascais, que contribuirá decisivamente para o nosso compromisso de, até 2029, alcançar 15 metros quadrados de espaço verde por habitante”, afirmou o autarca.
Nuno Piteira Lopes agradeceu o apoio do PS e do Chega à proposta, sublinhando “a importância do diálogo e da cooperação institucional para o desenvolvimento de projetos estruturantes para o concelho”, ao mesmo tempo que lamentou que os dois vereadores eleitos pela candidatura independente “não se tenham associado a esta visão de futuro para Cascais”.
