A marinha espanhola incorporou oficialmente o primeiro veículo de superfície não tripulado (USV) SEAD 23 à sua frota. De acordo com um comunicado, o novo drone foi desenvolvido para missões de reconhecimento, vigilância e apoio a operações de combate.
A entrega ocorreu em 9 de dezembro e representa mais um passo importante na adoção, pela Marinha, de plataformas inovadoras para reconhecimento e operações marítimas.
A Marinha Espanhola declarou que o treino dos operadores já está em andamento e que o novo drone marítimo integrará uma campanha de treino experimental já a partir do início de 2026, durante a qual serão testados novos conceitos de operação e interação com navios e outras plataformas não tripuladas. O Sead 23 foi concebido desde o início como um drone naval, e não como uma adaptação de uma embarcação tripulada. A Seadrone fabrica a plataforma em seu estaleiro em Porriño (Vigo), com capacidade para acomodar embarcações de até 24 metros de comprimento. O modelo entregue à Marinha Espanhola possui dimensões compactas para facilitar o lançamento e o transporte: aproximadamente 7 metros de comprimento, 2,3 metros de boca e um calado de cerca de meio metro. O SDB, desenvolvido para missões de reconhecimento, vigilância e apoio a operações de combate, destaca-se pela sua autonomia operacional, alcance de 300 quilómetros e velocidade máxima de 40 km/h. A sua integração permite reduzir custos operacionais e, sobretudo, minimizar riscos humanos em cenários de elevado perigo. O investimento de cerca de 8 milhões de euros reflecte o compromisso espanhol com a inovação tecnológica e a defesa marítima. Pedro Alfaro, CEO da Zelenza, destaca que a embarcação pode apoiar os destacamentos do Corpo de Fuzileiros Navais por meio de levantamentos batimétricos rápidos em zonas de pouso e, se necessário, fornecer apoio de fogo caso esteja equipada com sistemas de armas. A empresa também destaca o potencial do USV para vigilância em áreas como o Estreito de Gibraltar ou em cenários de combate à pirataria.






