A FENPROF enviou esta quarta-feira, dia 17, uma carta aberta ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, acusando-o de desvalorizar o direito à manifestação.
Esta carta surge na sequência das declarações feitas pelo ministro à frente dos alunos da escola secundária Dr. Joaquim de Carvalho, na Figueira da Foz, onde afirmou que, ao participarem em manifestações, “perdem a aura”.
Em resposta, a FENPROF criticou as declarações de Fernando Alexandre e recordou o papel histórico das lutas dos docentes: “Sempre tiveram como objetivo o progresso: por melhores condições de vida e de trabalho, valorização social e material da profissão, estabilidade, reforço do investimento na Educação e concretização de uma escola pública democrática, de qualidade, inclusiva e para todos.”
Na mesma carta, os professores evocam ainda o período do Estado Novo, sublinhando que, mesmo quando as manifestações eram proibidas, muitos arriscaram sair à rua e “nunca perderam a sua ‘aura’ nem diminuíram a sua condição profissional e de cidadania”.
A FENPROF acusou ainda o ministro de integrar um Governo “que já confirmou a intenção de atacar outros direitos fundamentais”, como o direito à greve