Carlos Moedas acusou Alexandra Leitão de “esconder” Mariana Mortágua, esta segunda-feira, dia 6, sugerindo que a candidata socialista não queria assumir a sua ligação ao Bloco de Esquerda (BE) ou a suavizar essa relação politicamente. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) afirmou ainda que a sua rival representa o “caos” para Lisboa, referindo que esta eleição é como escolher entre ordem e desordem.
Mas, afinal, parece que nem sempre foi essa a opinião de Moedas em relação à famosa ‘Geringonça’ e às ligações do PS com o BE. Em novembro de 2016, numa entrevista a Ângela Silva, do Expresso, o então Comissário Europeu para Inovação, Investigação e Ciência, na Comissão Europeia, deixou elogios a António Costa e ao trabalho que estava a desenvolver com o PCP e o partido liderado, então, por Catarina Martins.
Quando questionado se a ideia de que o “Governo das esquerdas assustou Bruxelas é um mito”, o edil lisboeta não teve dúvidas a responder: “É um mito! Primeiro, muitas pessoas já conheciam o primeiro-ministro António Costa. Depois, Bruxelas não liga muito à questão de ser o partido A ou o partido B.” Mas Moedas ainda foi mais longe. Disse que António Costa era uma garantia para Bruxelas porque as pessoas olham para António Costa “como um europeísta” e que tinha sido “uma peça chave para manter uma boa imagem e uma garantia em Bruxelas”.