O rei Mswati III, de Essuatíni, destaca-se pela ostentação nas suas viagens ao estrangeiro. O monarca africano faz-se acompanhar (quase sempre) por 15 esposas, 30 filhos e mais de 100 assistentes, despertando assim a atenção internacional, tanto pela sua dimensão como pelos luxos envolvidos.
Conhecido pelo seu estilo de vida extravagante, Mswati III governa Essuatíni desde 1986 como monarca absoluto – um dos poucos ainda existentes no mundo. Uma recente viagem aos Emirados Árabes Unidos terá sido feita num avião fretado exclusivamente para a ocasião, com dezenas de quartos reservados num hotel de luxo em Abu Dhabi. Não foi confirmado se a visita teve carácter oficial ou privado.
A exibição de riqueza contrasta com a realidade do seu país, onde uma grande parte da população vive em situação de pobreza. O rei tem sido alvo de críticas internacionais, sobretudo por parte de organizações de direitos humanos, que apontam não só para o luxo excessivo, mas também para a repressão política e a falta de liberdades em Essuatíni.
Ainda assim, Mswati III mantém um papel central na política e na estrutura tradicional do país. A sua presença em eventos internacionais – muitas vezes acompanhada por grande aparato – continua a levantar questões sobre o equilíbrio entre tradição, poder e responsabilidade num dos últimos reinos absolutistas do mundo.