Saíram em liberdade dez dos 17 detidos por suspeitas de exploração de imigrantes, no Alentejo, depois de terem sido ouvidos na quinta-feira, dia 28, no Campus de Justiça, em Lisboa. Os outros sete arguidos só vão conhecer as medidas de coação no sábado, mas já se sabe que o Ministério Público pede prisão preventiva.
“O Ministério Público promoveu a medida de prisão preventiva para um militar da GNR, um PSP e mais uns civis. Quanto aos outros arguidos promoveu outras medidas de coação que implicam a sua libertação imediata”, disse o advogado Frederico Miguel Alves aos jornalistas, à porta do tribunal.
Os 17 arguidos foram detidos no âmbito da operação ‘Safra Justa’, que permitiu desmantelar uma organização criminosa que controlava cerca de 500 trabalhadores imigrantes no Alentejo. Em determinados caso, estes estrangeiros são vítimas de tráfico e a maioria está em Portugal em situação irregular.
Recorde-se que dos 17 detidos, 11 pertencem às forças de segurança – 10 militares da GNR e um agente da PSP – e seis são civis. Os arguidos têm entre os 26 e os 60 anos e são suspeitos dos crimes de auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas, corrupção ativa e passiva, abuso de poder, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais.