Abel Ferreira, de 46 anos, viu a época terminar sem qualquer título para o Palmeiras. Ainda assim, o treinador português optou por destacar os feitos do clube e deixar duras farpas à imprensa, que acusou de inventar valores absurdos que ganharia no caso de vencer as competições.
“É absurdo como se falam de prémios que eu ganharia. É absurdo, não há nada disso. Quando quiserem saber, perguntem-me, é um livro aberto, perguntem à Leila [Pereira, presidente] e ao [Anderson, diretor] Barros . É absurdo que jornalistas falem sem saber, é absurdo os valores que falam tanto de prémios quanto de salários. Precisam de dizer a verdade para não enganar ninguém”, pede, revoltado, o técnico português do clube de São Paulo que chega ao fim da época sem ganhar nada.
Apesar de reconhecer que nunca o Palmeiras foi tão respeitado e equilibrado, Abel Ferreira acusa 75% da imprensa de criar “narrativas para prejudicar o clube”.
O técnico, natural de Penafiel, destaca que o Palmeiras alcançou 76 pontos no campeonato, um valor “recorde” para o 2.º classificado do Brasileirão: “Infelizmente, alguém foi melhor.” Abel Ferreira garante também que, apesar do trabalho, “nem sempre” os esforços rendem.
Quanto à sua permanência no clube, que perdeu o campeonato brasileiro e a Libertadores para o mesmo rival, o Flamengo, o treinador é claro: “Quando o Palmeiras não quiser mais os meus serviços, tudo bem, eu mudo de lugar e continuarei a ser treinador, porque é o que eu amo.”